A importância de preservar a memória da cidade foi destacada esta manhã pelo vereador Pedro Pina, da Câmara Municipal de Setúbal, em cerimónia de homenagem aos pescadores falecidos, realizada no Cemitério de Nossa Senhora da Piedade.
“Devemos saber valorizar a nossa identidade. Não podemos deixar de preservar a memória da cidade e das pessoas que trabalhavam no mar e, por razões desconhecidas, não voltaram”, sublinhou Pedro Pina na cerimónia evocativa do Dia Nacional do Pescador. Para o autarca, este ato simbólico, que decorreu junto do Memorial ao Pescador Setubalense Desaparecido, contribui para que “a afirmação de Setúbal como cidade do mar nunca seja esquecida”.
Já o presidente da União das Freguesias de Setúbal, Rui Canas, destacou que, “apesar de haver uma valorização cada vez maior do peixe”, a profissão de pescador “atrai cada vez menos as pessoas”. Rui Canas defende que as entidades competentes têm de “repensar esta questão e olhar mais para os pescadores”, de forma a “dignificar a profissão e criar melhores condições de trabalho”.
A cerimónia realizada anualmente a 31 de maio, no Cemitério da Piedade, decorre junto do Memorial ao Pescador Setubalense Desaparecido, monumento que, para o diretor nacional do Apostolado do Mar, Armando Oliveira, “é muito importante para as famílias desabafarem e matarem saudades daqueles que um dia partiram para o mar e não voltaram”.
É também um local onde, segundo o padre Casimiro, da Paróquia de São Sebastião, “é possível dar graças por aqueles que ainda estão neste mundo e continuam a trabalhar para que possam trazer sempre os frutos do mar e estar em segurança”.
Após as intervenções e a deposição de coroas de flores pela Câmara Municipal e pela União das Freguesias de Setúbal, um grupo de representantes do movimento Apostolado do Mar e da Paróquia de São Sebastião entoou o cântico “Homem do Mar”, hino do Apostolado do Mar.
