Os relógios de Sol públicos, em geral, são de dois tipos: os horizontais onde as horas são indicadas pela sombra do chamado gnómon, sobre umas linhas traçadas no solo e os analemáticos onde a sombra de uma pessoa indica a hora sobre uma elipse exterior.
A maior parte dos relógios públicos são do tipo horizontal. Nestes, uma peça triangular, o gnómon, de cimento ou metal, colocada na direção Norte-Sul, tem a aresta inclinada apontada para a estrela Polar.
O sol, ao rodar durante o dia, projeta a sombra do gnómon sobre as linhas, traçadas no solo, que indicam a chamada hora solar. A aproximação é de uns 10 a 15 minutos.
No Parque do Bonfim existiu, no início do século XX, um relógio de Sol. Foi depois destruído, talvez nos anos 20, sendo as suas ruínas encontradas em 1967 quando a Câmara Municipal de Setúbal ainda considerou a ideia da sua reconstrução, mas o assunto morreu.
Já nos anos 90, em setembro de 1993, na altura da instalação da fonte cibernética no lago, foi então encomendado e colocado, a norte do lago, o atual relógio de Sol.
O relógio de Sol do Parque do Bonfim é um dos melhores do género, existente em parques e jardins nacionais. Tem boas dimensões, é sólido, tem espaço à sua volta e possui três escalas de horas; a hora solar, a hora de inverno TMG e a hora de verão.
Já neste século, em 2016, a CMS fez obras de melhoramentos na zona do lago e o relógio de Sol foi restaurado.
Convidamos os nossos leitores a passarem pelo local e a compararem a hora do relógio de Sol com a hora oficial portuguesas. Isto num dia de Sol, claro!
Professor Alberto de Sousa Pereira
