Em frente do mercado do Livramento está colocada a Fonte do Centenário. Tudo começou em 1959 quando a Câmara Municipal de Setúbal, presidida pelo major Magalhães Mexia, deliberou construir em 1960, ano em que Setúbal celebrava os 100 anos de elevação a cidade, uma fonte na Avenida Luísa Todi.
A fonte tinha duas taças. A taça interior teria na parede exterior os escudos dos 13 concelhos do distrito. No centro, dessa taça, seria colocada uma estátua, ou estátuas a definir mais tarde e a fonte seria iluminada.
A Câmara Municipal de Setúbal tentou angariar verba para construção e o jornal O Setubalense reuniu 176 448$30 escudos para construção da fonte. Por sua a vez o Estado, através do ministério das Obras Públicas, MOP, também participou com 160 contos.
Durante o ano de 1960 a fonte foi construída e em março de 1961 a obra foi recebida, da empresa Electro Reclame Lda. na parte dos jogos de água e iluminação. Mas no dia da receção da obra a fonte não funcionou devidamente. Depois passou a ser uma preocupação constante da Câmara Municipal de Setúbal, as avarias quase permanentes que aconteciam.
A Câmara Municipal de Setúbal culpava a empresa Electro Reclame Lda. e esta reclamava sobre a baixa capacidade técnica do pessoal Câmara Municipal de Setúbal…
Mas em 1967 o novo presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Constantino Gois, entendeu que a fonte era muito simples e deliberou solicitar ao escultor Arlindo Rocha, do Porto, um arranjo escultórico para parte superior da fonte. O artista esculpiu e colocou três figuras femininas, com três metros de altura, que simbolizam; O Mar, a Terra e a Poesia. Finalmente em junho de 1971 a fonte ficou completa.
Embora existam boatos em Setúbal que falta colocar, sobre as figuras, cestos de fruta ou de flores, tal boato não tem qualquer fundamento histórico.
Professor Alberto Pereira